Riding Through Fire

Não posso acreditar no meu azar quando um envelope com relevo chega à minha porta apenas uma semana antes do meu vigésimo quinto aniversário. Que por acaso é a data limite para ser convocado para exames de sangue. Achei que estava tudo bem, mas descobri que estava errado.

Não sei todos os detalhes de todo o processo de seleção do tributo ao dragão, apenas que tem algo a ver com o DNA de uma pessoa. Se os cientistas encontrarem o que procuram na minha amostra, poderei ser enviado como uma homenagem aos dragões.

Sim, dragões reais.

Não que eu já tenha visto uma das criaturas, veja bem. Aparentemente, eles existem; eles simplesmente não se misturam conosco por serem extremamente perigosos. Quero dizer, eles são enormes, cospem fogo, têm dentes e garras afiadas. Resumindo, dragões e humanos não se misturam muito bem.

Com isso em mente, não sei por que eles precisam de tributos humanos. Todos os anos, durante os últimos cinquenta e nove anos, o nosso governo enviou-lhes trinta pessoas. Dos entregues, alguns regressam meses depois sem se lembrarem da sua estadia na ilha. Quanto ao resto, quem sabe? É desconcertante e assustador em igual medida.

Francamente, espero nunca descobrir o que acontece na Ilha Draig. Continuo dizendo a mim mesmo que só trinta vão. Não são tantos, considerando que são colhidas dezenas de milhares de amostras de sangue. Minhas chances são boas. Não vou ser chamado.

Eu não vou!

Então recebo outra carta em relevo informando que fui selecionado. Preciso fazer as malas e colocar meus assuntos em ordem. Parto para a Ilha Draig em um mês sem nenhuma garantia de que voltarei e sem ideia do que será de mim. Não estou em pânico.