The Burning Claw

A mente de Jacque vagava enquanto ela pairava em algum lugar entre a vida e a morte. Seu corpo ansiava por se soltar, afundar no abismo pacífico, para o lugar onde ela não tivesse que se preocupar com vampiros raivosos e sequestradores de crianças e a carnificina que eles causaram a tantas famílias inocentes. Mas algo a mantinha ali, presa a este mundo, algo que ela não conseguia lembrar pairava apenas na borda de sua consciência, algo vital. Não era Fane, ele estaria com ela do outro lado, ela sabia disso. Se ela morresse, ele morreria também e ele não queria que fosse de outra forma. Ela podia sentir a presença de Peri ao lado do seu corpo. A fada estava lutando, gastando cada grama de sua energia para manter a ela e Fane vivos e a tensão estava cobrando seu preço sobre a fada. Mas por quê? Por que a fada estava lutando como se sua própria vida dependesse da sobrevivência de Jacque? Jacque estava começando a se lembrar de outra pessoa — alguém que dependia dela. Uma vida nova, preciosa e perfeita… seu filho.

O melhor amigo de Costin estava deitado como se estivesse dormindo, agarrado à vida por um mero fio, mantido na outra ponta pela poderosa fae. Mas o fio que segurava Costin à sua própria sanidade era igualmente fraco. Sally, seu mundo, sua luz, seus olhos castanhos, a única coisa que mantinha a escuridão sob controle, se foi. Simplesmente desapareceu. Costin não sabia como ou onde, e isso o estava destruindo por dentro. O jovem garoto, Titus, seu filho adotivo, era a única coisa que impedia seu lobo de assumir completamente o controle. Costin seria forte pelo garoto enquanto pudesse, mas não tinha certeza de quanto tempo conseguiria manter a vontade selvagem sob controle.

Bethany, a corajosa jovem que havia sido resgatada das garras do clã de vampiros ao qual ela serviu de alimento pelos últimos sete anos, agora estava dividindo um quarto com seu verdadeiro companheiro, sem absolutamente nenhuma compreensão do que isso significava. Embora a garota tivesse se mostrado resiliente, ela não tinha ideia de como lidar com o enorme lobisomem dominador que havia feito sua reivindicação sobre ela. Drake já tinha passado do ponto de ser selvagem quando a encontrou, e esse tipo de escuridão não desiste sem lutar. A mais forte das fêmeas alfa, criada com um entendimento completo da lei da matilha e do poder do vínculo de companheira, teria tido dificuldades em lidar com o lobo. Bethany, uma dormente, que não tinha ideia de quem ou o que era, não tinha chance.